Este blog tem por objetivo reunir profissionais de enfermagem que tenham interesse em realizar estudos e pesquisas relacionadas a temas gerais da profissão. No entanto, com maior ênfase em terapia intensiva.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
sábado, 21 de maio de 2016
O PROTAGONISMO DA ENFERMAGEM NO PROCESSO DE CUIDAR - Tema sempre atual.
Enfermagem é a arte de cuidar e a ciência cuja essência e especificidade é o cuidado ao ser humano.
O Teólogo Leonardo Boff fala do cuidado como princípio humano: “Cuidar é uma atitude. Portanto abrange mais que um momento de atenção, de zelo e de desvelo. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilidade e de envolvimento afetivo com o outro.”
O hospital enquanto ambiente terapêutico concebido segundo o molde biomédico traz consigo uma visão fraguimentária das ações e intervenções. É comum aos profissionais da área de saúde desenvolver apenas tarefas, sendo eficientes e responsáveis, no entanto, distantes e frios com o paciente.
Cabe a enfermagem a ação de protagonista no acolhimento e no gerenciamento do cuidado aos pacientes e a iniciativa de transformar, através de uma visão holística, a assistência de enfermagem em um sistema integralizado de cuidar.
A palavra protagonismo é formada por duas raízes gregas: proto, que significa ‘o primeiro, o principal’; agon, que significa ‘luta’; agonistes, por sua vez, significa ‘lutador’. Protagonista, então, entende-se lutador principal, personagem principal, ator principal.
E fundamental entender o protagonismo da enfermagem no processo de cuidar, tanto quanto vislumbrar possibilidades de superação das dificuldades existentes. Se a subalternidade é histórica, ela pode ser desconstruída e a relação com as demais áreas e trabalhadores ressignificada por meio do protagonismo consciente e consequente dos seus atores.
Faz-se necessário participar. E participar significa não apenas estar presente, mas ter seus posicionamentos, idéias, valores e conhecimentos reconhecidos nas decisões. Só com ampla participação podemos lutar pelos princípios da democracia, neutralizando as formas de autoritarismo e marginalização. Essa forma de participação é condição essencial para o empoderamento, que, por sua vez, se refere à ampliação da capacidade de tomar decisões responsáveis e consequentes
.(Tema da ABEn - 75ª Semana Brasileira de Enfermagem - Síntese e reflexões)
quarta-feira, 11 de maio de 2016
12 de Maio, Dia Mundial do Enfermeiro.
Enfermagem é a ciência cuja especificidade é a assistência/cuidado ao ser humano, individualmente, na família ou em comunidade de modo integral e holístico, desenvolvendo de autônoma ou em equipe atividades de promoção, proteção, prevenção, reabilitação e recuperação da saúde, tendo todo embasamento científico para tal. O conhecimento que fundamenta o cuidado de enfermagem deve ser construído na intersecção entre a filosofia, que responde à grande questão existencial do homem, a ciência e tecnologia, tendo a lógica formal como responsável pela correção normativa e a ética, numa abordagem epistemológica efetivamente comprometida com a emancipação humana e evolução das sociedades. (Wikipédia)
domingo, 1 de maio de 2016
terça-feira, 26 de abril de 2016
sábado, 23 de abril de 2016
Obtenção de via aérea avançada
OBTENÇÃO DA VIA AÉREA AVANÇADA
Por Tony Figueiredo
Estabelecer a oxigenação adequada é uma das prioridades no atendimento ao paciente crítico ou em situação de urgência. Como discutimos anteriormente, em situações específicas, o enfermeiro tem respaldo legal para realizar a instalação de dispositivos para estabelecer uma via aérea avançada. Nesta publicação estaremos apresentando a instalação da Máscara Laríngea.
MÁSCARA LARÍNGEA
A máscara laríngea possibilita rápido acesso à via aérea, mesmo em situações de via aérea difícil. O dispositivo apresenta uma câmara (a máscara propriamente dita) que quando inflada em posição supraglótica, cria um “selo” entre a faringe e os tratos respiratório e digestivo. A máscara laríngea substitui o tubo endotraqueal como via definitiva ou temporária, pois serve também como conduto para a intubação traqueal. Pode ser utilizada em situações criticas de "não ventila, não intuba".
Instalação:
A máscara é inserida às cegas na hipofaringe, seguindo as etapas a seguir:
- Desinsuflar totalmente a máscara, de modo que a superfície fique lisa e uniforme e lubrifica-la com gel anestésico;
- Posicionar o paciente na mesma posição de intubação traqueal por laringoscopia;
- Estender a cabeça do paciente com a mão esquerda e com a mão direita introduzir a máscara segurando-a como um lápis, com o indicador na junção com o tubo;
- Iniciar a passagem pela boca com a aberturada máscara voltada para baixo, pressionar contra o palato duro até atingir a faringe, quando há resistência a progressão;
- Inflar a máscara com a quantidade de ar recomendada de acordo com modelo e tamanho (não ultrapassar 60 cm H2O). Com a insuflação pode ocorrer discreto retrocesso (de 1 a 1,5 cm), indicando correto posicionamento desta na hipofaringe.
Contra Indicações:
- Pacientes com doença ou obstrução faríngea;
- Pacientes com risco aumentado de regurgitação como portadores de hérnia de hiato, obstrução intestinal, obesos, tempo de jejum insuficiente (relativa);
- Pacientes com complacência pulmonar diminuída: DPOC, broncoespasmo, edema pulmonar e fibrose pulmonar (relativa).
Complicações:
- Traumatismos de estruturas da hipofaringe;
- Laringoespasmo;
- Bronco aspiração por regurgitação.
Bibliografia:
- Procedimentos em Terapia Intensiva. Flavio Eduardo Nácul et al. 1ed, Rio de janeiro, Rubio, 2014.
- O que falta para o manejo de via aérea difícil no século 21 Pedro Paulo Tanaka, Rafaela Pesso, Raphaella Fernandes, Jay Brodsky Rev Bras Anestesiol. 2015;65(3):235-236. Disponivel em: http://www.viaaereadificil.com.br/biblioteca/trabalhos/manejo.via.aerea.seculo21.pdf
- http://www.viaaereadificil.com.br/index.htm
Importante:
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo. O crédito de algumas imagens e conteúdos são dados aos seus respectivos autores.
Este material se destina apenas a estudo e atualização. A habilitação para realização das técnicas apresentadas requer conteúdo específico e treinamento qualificado.
Este material se destina apenas a estudo e atualização. A habilitação para realização das técnicas apresentadas requer conteúdo específico e treinamento qualificado.
quarta-feira, 20 de abril de 2016
O enfermeiro pode realizar intubação orotraqueal?
No Brasil a obtenção de via aérea avançada com tubo orotraqueal e combitubo é em sua grande maioria realizado por profissionais médicos. A obtenção de via aérea, quando realizada por profissional Enfermeiro, se dá através do uso de máscara laríngea, porém os conselhos de enfermagem dos estados de São Paulo (PARECER COREN-SP CAT N°.002/2009) e Distrito Federal (PARECER COREN-DF N°.022/2011) emitiran pareceres quanto ao uso do tubo orotraqueal e do combitubo pelo profissional enfermeiro. A Sociedade Brasileira de Terapia intensiva (SOBRATI) apresenta a resolução 001/2012 , onde manifesta sua posição quanto a obtenção de via aérea avançada pelo enfermeiro.
O COREN-SP em seu parecer CATN°002/2009 cita que “frente ao fato de que o procedimento de intubação traqueal não fazer parte da grade curricular dos cursos de graduação em enfermagem...”, e considera que o procedimento deva ser realizado pelo profissional médico. Contudo admite a possibilidade de o enfermeiro realizar o procedimento quando da ausência do profissional médico, desde que o profissional enfermeiro esteja ciente de suas habilidades e competência para garantir uma assistência livre de danos ao cliente conforme citado na conclusão do conselho referente ao parecer “Contudo em situação de risco de morte iminente de paciente, na qual exista a impossibilidade de se contar com um profissional médico para realizar este procedimento ou por estar envolvido em outro procedimento, desde que ciente de sua capacidade, competência e habilidade para garantir uma assistência livre de riscos provenientes da negligência imperícia e imprudência.”
O conselho de enfermagem de São Paulo também aponta a necessidade de treinamentos contínuos, elaboração de protocolos e o registro de suas ações por parte do enfermeiro conforme a Resolução COFEN 272/02.
O COREN-DF em seu parecer n°022/2011, considera “que o enfermeiro capacitado em Suporte Avançado de Vida em cardiologia(ACLS – Advanced Cardiac Life Suport)esta legalmente habilitado para executar procedimentos referentes aos dispositivos de vias aéreas avançadas como o combituboesofagotraqueal(CET) e a máscara laríngea(ML)” Cocluindo desta maneira: “Ante o exposto, somos de parecer que o Enfermeiro atuante no atendimento Pré-Hospitalar e Hospitalar de Urgência e Emergência, que esteja capacitado em Suporte Avançado de Vida está legalmente habilitado a realizar procedimentos de inserção da Máscara Laríngea (ML) e Combitubo esofagotraqueal (CET) nos pacientes que estiverem necessitando desse tipo de intervenção. Se houver necessidade e indicação de intubação endotraqueal, caso o profissional médico não esteja presente, o Enfermeiro devidamente capacitado, poderá executar a ação. Estes procedimentos deverão estar em protocolos aprovados pelas instituições de saúde.”
A SOBRATI ,Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva, emitiu a Resolucão 001/2012, onde especifica as competências que julga necessárias ao enfermeiro emergencista: “Considerando a responsabilidade e grau de formação profissional, o enfermeiro que atua em Urgência, Emergência e UTI, deve obedecer as seguintes normatizações, incluindo a designação de Enfermeiro Emergêncista:1- Estar capacitado e habilitado em Suporte Básico e Avançado; 2- Deve estar apto a Intubar, efetuar reposição volêmica rápida no choque e efetuar desfibrilação automática; 3- Reconhecer procolos, bem como disciplina e hierarquia dentro do sistema APH(Atendimento Pré-Hospitalar) 4- Ter coordenador direto Titulado em Emergência ou Terapia Intensiva pela SOBRATI ; 5- Estar capacitado para reconhecer prescrições por telemedicina direcionadas por médicos emergencistas”.
Portanto, pode-se concluir que o enfermeiro pode realizar a instalação de via aérea avançada com os dispositivos mascára laríngea, combitube esofagotraqueal, e com o tubo endotraqueal, quando na impossibilidade de realização pelo profissional médico. No entanto, deve estar capacitado tecnicamente e as instituições devem estabelecer protocolos e treinamento contínuo. Recomenda-se o registro minucioso das ações de enfermagem e a caracterização da urgência do procedimento.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Barro JCC. ABORDAGEM PROFISSIONAL DO ENFERMEIRO DURANTE A OBTENÇÃO E O MANEJO DE VIAS AÉREAS AVANÇADAS, DURANTE O ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL. Artigo de revisão de literatura apresentada ao curso de Mestrado Profissionalizante em Terapia Intensiva (MPTI) da Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva (SOBRATI) para obtenção do título de mestre profissional. www.ibrati.org/sei/docs/tese_705.doc
AMERICAN HEART ASSOCIATION. Guidelines for Cardiopulmonary
Resuscitaion and Emergency
Cardiovascular Care 2010.
COFEN. Conselho Federal
de Enfermagem. Lei do Exercício Profissional 7.493/86, regulamentada pelo
Decreto 94.406/87. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem e
dá outras providências.
COREN. Conselho Regional
de Enfermagem - São Paulo. Parecer n° 002/2009, de 10 de agosto de 2010. Dispõe
sobre Realização de intubação traqueal por enfermeiros.
COREN. Conselho Regional
de Enfermagem – Distrito Federal. Parecer n° 022/2011, de 28 de Novembro de
2011. Dispõe sobre Atuação do Enfermeiro quanto a utilização dos Dispositivos
de Vias Aéreas Avançadas: Combitubo esofagotraqueal(CET), máscara laríngea(ML)
e tubo orotraqueal.
Resolução 001/2012:
Conselho Nacional de Intensivistas – SOBRATI.
segunda-feira, 18 de abril de 2016
Coisas do Coração II
Revisando: Anatomia, fisiologia e eletrofisiologia.
Propriedades Fundamentais do Coração
Automaticidade ou cronotropismo
É a propriedade que têm as fibras de gerar estímulos espontaneamente, sem necessidade da inervação extrínseca.
Freqüência:Nó sinusal: 60 a 100
Junção Átrio-ventricular: 40 a 50
His purkinje: menos 40
Excitabilidade ou batmotropismo
É a propriedade que apresentam as fibras de iniciar um potencial de ação em resposta da um estímulo adequado.
Condutibilidade ou dromotropismo
É a propriedade das fibras de conduzir e transmitir às células vizinhas um estímulo recebido.
Contrabilidade ou Inotropismo
É a capacidade de responder ao estímulo elétrico através de uma atividade mecânica, representada pela contração miocárdica.
Ciclo Cardíaco
O trabalho mecânico do coração utiliza duas variáveis: volume de sangue e pressão.
*Pressão Ventricular ↑ , pressão atrial ↓ , fechamento dos folhetos da valva mitral = 1º bulha = fechamento das valvas átrio- ventriculares.
*Pressão Ventricular ↓ ficando menor que a pressão da aorta = fechamento da valva aórtica = 2º bulha = fechamento das valvas semilunares.
Sístole
- Período de contração isovolumétrica (ventrículo fechado)
-Período de ejeção ventricular:
* Ejeção rápida
* Ejeção lenta
- Protodiástole
Díastole
-Período de relaxamento isovolumétrico
(↓ pressão intraventricular)
-Período de enchimento ventricular:
* Rápido
* Lento
-Período de contração atrial
DC=FCxVS
Estimulação Cardíaca
Eletrocardiograma (ECG)
AVALIAÇÃO DO ECG
Ondas P precedendo cada QRS (impulsos gerados no nódulo SA).
Ritmo regular (intervalos regulares entre os QRS).
Frequência entre 60 e 100 bpm.
Intervalo PR < 0,20 seg.
QRS <0,10 seg. (despolarização ventricular).
ST - término despolarização e início repolarização ventricular
T – Repolarização ventricular.
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo. O crédito de algumas imagens e conteúdos são dados aos seus respectivos autores.
Localização:
Tórax, no mediastino, entre os pulmões e à frente da coluna. A base (parte superior) localiza-se abaixo da segunda costela e o ápice (parte inferior) inclina-se para frente e para baixo em direção ao lado esquerdo do corpo, repousando sobre o diafragma.
Tamanho:
Cerca de 12,5 cm de comprimento e 9 cm de largura e pesa entre 255 a 340g, variando de acordo com o tamanho da pessoa, idade, sexo e condicionamento físico.
Camadas:
Pericárdio – Estrutura de tecido conjuntivo que circunda o coração, funcionando como um saco protetor rígido; consiste em pericárdio fibroso (ajusta-se frouxamente ao coração) e pericárdio seroso (porção interna delgada e lisa que contém lâminas parietal – reveste o interior do pericárdio fibroso - e lâmina visceral – se adere à superfície do coração;
Epicárdio – camada mais externa, composta de células epiteliais escamosas sobrepostas ao tecido conjuntivo; lâmina visceral do pericárdio seroso;
Miocárdio – camada média, compõe a maior parte da parede do coração e é composta por tecido muscular que contrai-se a cada batimento do coração; Endocárdio – camada mais interna, contém tecido endotelial com pequenos vasos sanguíneos e feixes de músculo liso.
*O espaço pericárdico separa as lâminas visceral e parietal e contém 10 a 20 ml de líquido que lubrifica as duas superfícies. O excesso desse líquido pode levar ao derrame pericárdico, comprometendo a capacidade do coração de bombear sangue.
Automaticidade ou cronotropismo
É a propriedade que têm as fibras de gerar estímulos espontaneamente, sem necessidade da inervação extrínseca.
Freqüência:Nó sinusal: 60 a 100
Junção Átrio-ventricular: 40 a 50
His purkinje: menos 40
Excitabilidade ou batmotropismo
É a propriedade que apresentam as fibras de iniciar um potencial de ação em resposta da um estímulo adequado.
Condutibilidade ou dromotropismo
É a propriedade das fibras de conduzir e transmitir às células vizinhas um estímulo recebido.
Contrabilidade ou Inotropismo
É a capacidade de responder ao estímulo elétrico através de uma atividade mecânica, representada pela contração miocárdica.
Ciclo Cardíaco
O trabalho mecânico do coração utiliza duas variáveis: volume de sangue e pressão.
*Pressão Ventricular ↑ , pressão atrial ↓ , fechamento dos folhetos da valva mitral = 1º bulha = fechamento das valvas átrio- ventriculares.
*Pressão Ventricular ↓ ficando menor que a pressão da aorta = fechamento da valva aórtica = 2º bulha = fechamento das valvas semilunares.
Sístole
- Período de contração isovolumétrica (ventrículo fechado)
-Período de ejeção ventricular:
* Ejeção rápida
* Ejeção lenta
- Protodiástole
Díastole
-Período de relaxamento isovolumétrico
(↓ pressão intraventricular)
-Período de enchimento ventricular:
* Rápido
* Lento
-Período de contração atrial
Determinantes do DC
DC=FCxVS
FC = Frequência Cardíaca (nº de batimentos por min)
VS = Volume Sistólico (volume de sangue ejetado durante a sístole ventricular – 60 a 130ml)
Compreende a sucessão cíclica de dois eventos:
*potencial de repouso
*potencial de ação
O estímulo elétrico induz uma DESPOLARIZAÇÂO. quando uma onda de estimulação passa através do coração, as células adquirem cargas positivas e ocorre: CONTRAÇÃO.
Na REPOLARIZAÇÃO o coração restabelece o estado original com cargas negativas no interior da célula. Corresponde à fase de RELAXAMENTO do músculo miocárdio.
A despolarização e a repolarização são fenômenos puramente elétricos da célula miocárdica , originados por correntes eletrolíticas do sódio e potássio.
*potencial de repouso
*potencial de ação
O estímulo elétrico induz uma DESPOLARIZAÇÂO. quando uma onda de estimulação passa através do coração, as células adquirem cargas positivas e ocorre: CONTRAÇÃO.
Na REPOLARIZAÇÃO o coração restabelece o estado original com cargas negativas no interior da célula. Corresponde à fase de RELAXAMENTO do músculo miocárdio.
A despolarização e a repolarização são fenômenos puramente elétricos da célula miocárdica , originados por correntes eletrolíticas do sódio e potássio.
Eletrocardiograma (ECG)
ECG é a representação gráfica dos impulsos elétricos gerados por nosso sitema de condução fisiológico. O marcapasso natural do coração é chamado nó sinoatrial (NSA) localizado no átrio direito.
O sitema de condução do coração contém fibras especializadas que conduzem o impulso elétrico do NSA para o resto do coração. O impulso elétrico sai do NSA e vai para o átrio direito e esquerdo, fazendo-os contraírem juntos. Isso leva 4 segundos.
Há então um atraso natural para permitir que os átrios contraiam e os ventrículos se encham de sangue.
O impulso elétrico — então vai para o nó atrioventricular (NAV).
Depois, o impulso elétrico vai para o feixe de Hiss e se ramifica nos feixes direito e esquerdo onde se espalha rapidamente usando as fibras de Purkinje para os músculos do ventrículo direito e esquerdo, que se
contraem ao mesmo tempo..
Ciclo elétrico do coração, ilustrando as sequências de ativação dos átrios e dos ventrículos (retirado do site: http://www.jordanereis.pro.br/cti/resumos/EletroJo.htm
As Derivações Eletrocardiográficas
Plano Frontal: Standart D1, D2, D3
Unipolares aVR, aVL, aVF
Plano Horizontal: Precordiais V1,V2,V3,V4,V5,V6
Derivações no Plano Frontal:
D1 - diferença de potencial entre braço esquerdo e direito
D2 - diferença de potencial entre pernas e braço direitos
D3 - diferença de potencial entre pernas e braço esquerdos
Derivações no Plano Horizontal:
V1 - 4º espaço intercostal, bordo direito esterno
V2 - 4º EI, bordo esquerdo esterno
V3 - entre V2 e V4
V4 - 5º EI, linha hemiclavicular
V5 - 5º EI, linha axiliar anterior
V6 - 5º EI, linha axilar média
O registro eletrocardiográfico
é feito em papel quadriculado, cada quadrado pequeno de 1 m. Cada grupo de 5 quadradinhos na horizontal e na vertical compreende um quadrado maior, que é delimitado por uma linha mais grossa. No eixo horizontal, marca-se o tempo. Como o registro é realizado em uma velocidade de 25 m/seg, cada quadradinho equivale a 0,04 segundos. Portanto 5 quadradinhos (1 quadrado maior) equivalem a 0,20 segundos.No eixo vertical , marca-se a amplitude elétrica, cada quadrado pequeno equivale a 0,1m volt.
Onda P
Duração: em D2, de 0,11 segundos
Morfologia: arredondada, monofásica, pequenos entalhes; na taquicardia, pontiaguda
Amplitude: em D2, de 2,5 mm
Polaridade: Positiva em D1, D2 e D3; Neg. em aVR
Intervalo PR
Duração < 0,2 seg
Isoelétrico.
Complexo QRS
Duração: de 0,05 a 0,10 segundos
Morfologia: R, rS, rSr’, Q, qR, qRs; de V1 a V6
Amplitude: baixa voltagem: < 5 mm (D1 a aVF); Alta voltagem: S em V1 + R em V5 > 35mm
Segmento ST
É o intervalo entre o fim do complexo QRS (ponto J) e o início da onda T
Isoelétrico.
AVALIAÇÃO DO ECG
Ritmo regular (intervalos regulares entre os QRS).
Frequência entre 60 e 100 bpm.
Intervalo PR < 0,20 seg.
QRS <0,10 seg. (despolarização ventricular).
ST - término despolarização e início repolarização ventricular
T – Repolarização ventricular.
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo. O crédito de algumas imagens e conteúdos são dados aos seus respectivos autores.
quarta-feira, 30 de março de 2016
terça-feira, 29 de março de 2016
quarta-feira, 23 de março de 2016
Punção vascular periférico guiada por ultrassom
A
instalação de acesso venoso periférico é uma das intervenções de enfermagem mais realizadas na assistência ao paciente. A
introdução dos dispositivos intravenosos geralmente é realizada por
visualização direta e/ou palpação da rede venosa. No entanto, vários fatores podem dificultar o procedimento: as características
físicas e/ou anatômicas do paciente; extremos de idade, crianças e idosos;
fragilidade vascular relacionada a idade ou uso de fármacos; cor da pele,
obesidade, edema, entre outros. Estas dificuldades podem trazer tanto
desconforto para o paciente quanto atraso no início da terapia intravenosa ou
coleta de amostras sanguíneas para exames. A utilização do ultrassom se
mostra extremamente útil, principalmente nas punções consideradas mais
difíceis. É imprescindível que os enfermeiros desenvolvam esta habilidade de
modo a realizar punções com maior eficiência, qualidade e segurança. Assim publicamos alguns vídeos ilustrativos e sugerimos alguns artigos para leitura.
Artigos Sugeridos:
sábado, 19 de março de 2016
Segurança do Paciente: Handover / Handoff comunicação efetiva em assistência à saúde
Por Tony Figueiredo
O ambiente de tensão da terapia intensiva, relacionado a alta complexidade dos pacientes, patologias, equipamentos tecnológicos, procedimentos e cuidados, além da diversidade de profissionais envolvidos na assistência, são fatores frequentemente associados a fadiga e estresse profissional, favorecendo a falhas na comunicação e aumento do risco de eventos adversos.
Segundo a Wickpédia, Handoff ou Handover, sendo o segundo mais usado na Europa, é o procedimento empregado em redes sem fio para tratar a transição de uma unidade móvel (UM) de uma célula para outra de forma transparente ao utilizador. Na área de assistência à saúde, os termos vêm sendo utilizados para definir a transmissão efetiva e segura de informações do paciente.
Melhorar a segurança e efetividade da comunicação e transferência de informações entre profissionais da assistência estão entre as metas de segurança do paciente da Joint Commission International e ações da Organização Mundial da Saúde para segurança do paciente.
Falhas na comunicação acarretam em quebra na continuidade e na qualidade do tratamento. Quando informações deixam de ser transmitidas ou são passadas incorretamente, estas lacunas podem levar a um tratamento inadequado, causando danos para o paciente, prolongamento da internação e aumento dos custos hospitalares.
Para tornar a comunicação entre a equipe multiprofissional mais efetiva e segura, tem-se preconizado a padronização das informações através de check-lists e protocolos assistenciais. Os hospitais, devem definir protocolos de handover/handoff, tanto para passagens de plantão de trocas de equipes quanto para transferências internas ou externas do paciente para outro hospital.
Bibliografia consultada:
Iniciativas para segurança do paciente difundidas pela Internet por organizações internacionais: estudo exploratório
AQF Gomes - 2008 - arca.fiocruz.br
Check-List sistemático a pie de cama del paciente crítico
B Santos, D Arnal Velasco, M Miró Murillo… - anestesiar.org
[DOC] Characterization of handover from the surgical center to the intensive care unit
BRM Bueno, SS Moraes, K Suzuki, FAF Gonçalves… - Cogitare …, 2015 - ojs.c3sl.ufpr.br
ARTIGOS COMENTADOS EM MEDICINA INTENSIVA: Novas definições de sepse (SEPSIS-3): o que a Surv...
ARTIGOS COMENTADOS EM MEDICINA INTENSIVA: Novas definições de sepse (SEPSIS-3): o que a Surv...: Veja carta na íntegra em: http://www.survivingsepsis.org/SiteCollectionDocuments/SSC-Statements-Sepsis-Definitions-3-2016.pdf As nova...
Quantitativo reduzido de enfermeiros em relação ao número de pacientes pode aumentar a mortalidade em até 20%.
SEGURANÇA DO DOENTE: Baixa Dotação de Enfermeiros Aumenta a Mortalidade...: Há muito que as Associações de Enfermeiros têm sustentado que rácios de pessoal de enfermagem adequados aumentam a segurança do doente. ...
SEGURANÇA DO DOENTE: Baixa Dotação de Enfermeiros Aumenta a Mortalidade...: Há muito que as Associações de Enfermeiros têm sustentado que rácios de pessoal de enfermagem adequados aumentam a segurança do doente. ...
quarta-feira, 16 de março de 2016
Atualize seus conhecimentos em terapia transfusional.
Um excelente curso é oferecido online, gratuitamente pelo Hospital Israelita Albert Eistein. Aproveitem!
Acesse aqui: Curso gratuito online em Terapia Transfusional.
Acesse também: Manual Técnico de Hemovigilância da ANVISA.
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RESOLUÇÃO COFEN-306/2006
Normatiza a atuação do Enfermeiro em Hemoterapia
O Conselho Federal de Enfermagem, no exercício de sua
competência consignada nos artigos 2º e 8º da Lei nº. 5.905, de 12 de julho de
1973.
CONSIDERANDOÂ a Constituição da República Federativa do
Brasil, nos artigos 197 e 199, conforme descrito no seu parágrafo 4º,
promulgada em 05 de outubro de 1988;
CONSIDERANDOÂ a Lei nº. 7.498, de 25 de junho de 1986, e
o Decreto nº. 94.406, de 08 de junho de 1987, no artigo 8º, inciso I, alíneas g
e h, no artigo 10, inciso I, alínea b e inciso II; no artigo 11, inciso III,
alíneas a e h, e no artigo13º;
CONSIDERANDOÂ a Resolução COFEN 240/2000 que estabelece o
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem;
CONSIDERANDOÂ a Resolução COFEN 272/2002 que dispõe sobre
a Sistematização da Assistência de Enfermagem SAE nas Instituições de Saúde;
CONSIDERANDOÂ a Resolução CNE/CES Conselho Nacional de
Educação/ Câmara de Ensino Superior nº. 3 de 07/12/2001 que institui as
Diretrizes Curriculares Nacional do Curso de Graduação de Enfermagem;
CONSIDERANDOÂ a Resolução RDC nº. 153 de 14/06/04 da
ANVISA Agencia Nacional de Vigilância Sanitária; que determina o Regulamento
Técnico para os procedimentos hemoterápicos, incluindo a coleta, o
processamento, a testagem, o armazenamento, o transporte, o controle de
qualidade e o uso do sangue.
CONSIDERANDOÂ a Resolução nº. 41 de 28/06/00 da Diretoria
Colegiada da ANVISA Regulamento Técnico Mercosul dos níveis de complexidade dos
serviços de Medicina Transfusional e Unidades hemoterápicas;
CONSIDERANDOÂ a Resolução 358 de 29 de abril de 2005 do
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente, que determina Normas Técnicas para o
Ato Transfusional;
CONSIDERANDOÂ os estudos realizados pela Câmara Técnica
de Assistência do COFEN;
CONSIDERANDOÂ a deliberação do Plenário em sua 337ª
Reunião ordinária,
RESOLVE:
Artigo 1º – Fixar as competências e atribuições do
Enfermeiro na área de Hemoterapia, a saber:
a)Â Planejar, executar, coordenar, supervisionar e
avaliar os procedimentos de Hemoterapia nas Unidades de Saúde, visando a
assegurar a qualidade do sangue, hemocomponentes e hemoderivados,
b)Â Assistir de maneira integral aos doadores, receptores
e suas famílias, tendo como base o Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem e as normas vigentes,
c)Â Promover e difundir medidas de saúde preventivas e curativas por meio da educação de doadores, receptores, familiares e comunidade em geral, objetivando a sua saúde e segurança dos mesmos,
c)Â Promover e difundir medidas de saúde preventivas e curativas por meio da educação de doadores, receptores, familiares e comunidade em geral, objetivando a sua saúde e segurança dos mesmos,
d)Â Realizar a triagem clínica, visando à promoção da
saúde e à segurança do doador e do receptor, minimizando os riscos de
intercorrências,
e)Â Realizar a consulta de enfermagem, objetivando
integrar doadores aptos e inaptos, bem como receptores no contexto hospitalar,
ambulatorial e domiciliar, minimizando os riscos de intercorrências,
f)Â Planejar, executar, coordenar, supervisionar e
avaliar programas de captação de doadores,
g)Â Proporcionar condições para o aprimoramento dos
profissionais de Enfermagem atuante na área, através de cursos, atualizações
estágios em instituições afins,
h)Â Planejar, executar, coordenar, supervisionar e
avaliar programas de estágio, treinamento e desenvolvimento de profissionais de
Enfermagem dos diferentes níveis de formação,
i)Â Participar da definição da política de recursos
humanos, da aquisição de material e da disposição da área física necessária à
assistência integral aos usuários.
j)Â Cumprir e fazer cumprir as normas, regulamentos e
legislações vigentes,
k)Â Estabelecer relações técnico-científicas com as unidades
afins,
l)Â Participar da equipe multiprofissional, procurando
garantir uma assistência integral ao doador, receptor e familiares,
m)Â Assistir ao doador, receptor e familiares, orientando
garantindo-os durante todo o processo hemoterápico,
n)Â Elaborar a prescrição de enfermagem nos processos
hemoterápicos;
o)Â Executar e/ou supervisionar a administração e a
monitorização da infusão de hemocomponentes e hemoderivados, atuando nos casos
de reações adversas;
p)Â Registrar informações e dados estatísticos
pertinentes à assistência de Enfermagem prestada ao doador e receptor;
q)Â Manusear e monitorizar equipamentos específicos de
hemoterapia;
r)Â Desenvolver pesquisas relacionadas à hemoterapia e
hematologia;
Artigo 2º – Em todas as Unidades de Saúde onde se realiza
o Ato Transfusional se faz necessário a implantação de uma Equipe de Enfermagem
capacitada e habilitada para execução desta atividade;
§ 1º- O Ato Transfusional se compõe das seguintes etapas:
a)Â Recebimento da solicitação;
b)Â Identificação do receptor;
c)Â Coleta de amostra (hemocomponentes) e encaminhamento para liberação do produto solicitado;
d)Â Recebimento do hemocomponente/hemoderivado solicitado e checagem dos dados de identificação do produto e receptor;
e)Â Instalação e acompanhamento de hemocomponente/hemoderivado solicitado;
f)Â Identificação e acompanhamento das reações adversas;
g)Â Descarte dos resíduos gerados na execução do ato transfusional respeitando-se as normas técnicas vigentes;
h)Â Registro das atividades executadas;
b)Â Identificação do receptor;
c)Â Coleta de amostra (hemocomponentes) e encaminhamento para liberação do produto solicitado;
d)Â Recebimento do hemocomponente/hemoderivado solicitado e checagem dos dados de identificação do produto e receptor;
e)Â Instalação e acompanhamento de hemocomponente/hemoderivado solicitado;
f)Â Identificação e acompanhamento das reações adversas;
g)Â Descarte dos resíduos gerados na execução do ato transfusional respeitando-se as normas técnicas vigentes;
h)Â Registro das atividades executadas;
Artigo 3º – As atribuições dos profissionais de
Enfermagem de nível médio serão desenvolvidas de acordo com a Lei do Exercício
Profissional, sob a supervisão e orientação do Enfermeiro responsável técnico
do Serviço ou Setor de Hemoterapia.
Artigo 4º – Este ato resolucional entrará em vigor na
data da sua publicação, revogando-se as disposições em contrário, em especial,
a Resolução COFEN nº 200/1997.
Dulce Dirclair Huf Bais
COREN-MS Nº. 10.244
Presidente Carmem de Almeida da Silva
COREN-SP Nº 2.254
Primeira-Secretaria
Dulce Dirclair Huf Bais
COREN-MS Nº. 10.244
Presidente Carmem de Almeida da Silva
COREN-SP Nº 2.254
Primeira-Secretaria
terça-feira, 8 de março de 2016
sábado, 5 de março de 2016
quarta-feira, 2 de março de 2016
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
ARTIGOS COMENTADOS EM MEDICINA INTENSIVA: Novas definições de sepse: a polêmica envolvendo S...
ARTIGOS COMENTADOS EM MEDICINA INTENSIVA: Novas definições de sepse: a polêmica envolvendo S...: · Singer M, Deutschman CS, Seymour CW, Shankar-Hari M, Annane D, Bauer M, Bellomo R, Bernard GR, Chiche JD, Coopersmith CM, Hotchkiss R...
sábado, 27 de fevereiro de 2016
HUPE - UERJ RESISTE. Nós também vestimos esta camisa.
O Hospital Universitário Pedro Ernesto foi inaugurado no ano de 1950, sendo parte da rede hospitalar da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Em 1962, tornou-se hospital-escola da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado da Guanabara (UEG), atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). No ano de 1965, foi incorporado à UEG como Hospital das Clínicas. Até aquele momento, suas atividades privilegiavam exclusivamente as questões acadêmicas de ensino e pesquisa, com o acompanhamento e estudo de raridades clínicas e doenças em estágio final de evolução. Em 1975, sofre uma mudança radical, tornando-se um hospital de atendimento geral, em decorrência do convênio firmado com o Ministério da Educação e Previdência Social (Convênio MEC-MPAS), adequando-se às necessidades da população mais carente. Devido à qualidade dos profissionais que possui e aos meios sofisticados de diagnóstico e tratamento que são oferecidos, houve um progressivo aumento na procura pelo atendimento oferecido pelo HUPE, transformando-o em um dos maiores complexos docentes-assistenciais na área da saúde, sendo hoje, referência numa série de especialidades e importante núcleo nacional de formação de profissionais na área médica.
Fonte: http://www.hupe.uerj.br/hupe/Institucional/IN_historico.phpquarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
ARRITMIAS CARDÍACAS EM PACIENTES EM SITUAÇÃO DE ALTA COMPLEXIDADE
Por Tony Figueiredo
Arritmias cardíacas são eventos frequentes nos pacientes em situação de alta complexidade, contribuindo significativamente para morbidade e mortalidade na unidade de terapia intensiva. Além do significativo aumento do tempo de permanência e custo hospitalar. O conhecimento do seu mecanismo causador e a monitorização dos possíveis fatores associados são fundamentais.
É possível identificar precocemente pacientes com maior risco para apresentar arritmias cardíacas?
66% dos pacientes apresentam sinais e sintomas anormais em até 6 horas antes da parada.¹
Alguns fatores de risco estão associados ao desenvolvimento de arritmias, tais como:
- Idade avançada.
- Sexo masculino.
- Arritmia ou doenças cardiorrespiratórias prévias.
- Infarto agudo do miocárdio (IAM).
- Cirurgia torácica e pós-operatório de cirurgia cardíaca.
Alguns achados comuns em pacientes internados em alta complexidade, acentuam o risco do desenvolvimento de arritmias:
- Dor
- Hipóxia
- Infecção
- Sangramento
- Hipotensão arterial
- Distúrbios eletrolíticos
- Disfunção orgânica,
- Uso de fármacos vasoativos e inotrópicos.
Estudo epidemiológico realizado entre 1971-1983, descreveu prevalência de 78% de arritmias cardíacas em pacientes internados em UTI de caráter geral.²
Estudo da incidência dos tipos de arritmias em UTI em pacientes com idade ≥ 65 anos, entre 1991 e 1998, constatou ser a FA o tipo mais freqüente (44,8%). AMIODARONA é o fármaco mais utilizado não só por FA ser arritmia mais frequente, mas também por este fármaco possuir menor efeito inotrópico negativo e “pro-arritmogenico” que os demais. Em pacientes com arritmias cardíacas atriais associadas a instabilidade hemodinâmica, a cardioversão elétrica foi apresentada como o tratamento de escolha.³
Estudo realizado em 2008, a despeito da morbidade e mortalidade por arritmias em UTI, mostra que a conduta inicial frente a estas, obteve sucesso em menos da metade dos casos (41%).4
Portanto, o manuseio correto desses eventos depende não só da tecnologia empregada para o seu diagnostico e tratamento, mas também da observação dos possíveis fatores associados e do conhecimento do seu mecanismo causador. visando a profilaxia e tratamentos adequados.
Referências:
1-Buist M et al. Association between clinically abnormal observations and subsequent in hospital mortality: a prospective study Resuscitation. 2004,62(2):137–141.
2- ARTUCIO, H. e PEREIRA, M. Cardiac arrhythmias in critically ill patients: epidemiologic study. Crit Care Med. 18:1383-1388.1990.
3- Baine WB, Yu W, Weis KA. Trends and outcomes in the hospitalization of older Americans for cardiac conduction disorders of arrhythmias, 1991 1998. J Am Geriatr Soc, 2001;49:763-770.
4- Pires LDA et al. Registro Prospectivo de Arritmias Cardíacas em Unidade de Terapia Intensiva.Rev Bras Clin Med, 2008;6:233-236.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
Curiosidades
História da Terapia Intensiva
Fonte: Wikipédia.
Era Florence
O conceito de Terapia Intensiva (ou Intensive Care) foi estabelecido na Guerra da Crimeia no ano de 1854 através de Florence Nightingale, que separou homens de mulheres, adultos de crianças, graves de não graves. Estabeleceu a vigilância contínua, 24 horas, dia e noite. Em condições precárias a taxa de mortalidade atingia 40% entre os soldados hospitalizados. Florence e mais 38 voluntárias por ela treinadas partem para os Campos de Scutari e incorporando-se ao atendimento, a mortalidade cai emtão para 2%. Respeitada e adorada, torna-se referência entre os combatentes e importante figura de decisão. Conhecida como a "Dama da Lâmpada" já que circulava à noite com uma lamparina para avaliar clinicamente os enfermos. A lamparina tornou-se a simbologia da assistência internacional da enfermagem. Florence estabeleceu as diretrizes e caminhos para enfermagem moderna.Era Dandy
A criação da primeira UTI (ICU - Intensive Care Unit ) ocorreu nos EUA em Boston através do médico neurocirurgião Walter Edward Dandy no ano de 1927. Foram criados 3 leitos neuropediátricos pós-cirúrgicos.Uma das mais importantes contribuições para neurocirurgia foi o método de ar na ventriculografia, no qual o fluido cerebroespinal é substituído por ar para dar forma a imagem ao raio X do espaço ventricular no cérebro. Esta técnica era extremamente bem sucedida para identificar as lesões e alterações cerebrais.Era Peter Safar
Peter Safar, o primeiro médico intensivista, nasceu na Áustria, filho de médicos, e migrou para os Estados Unidos após permanecer no campo de concentração nazista. Formou-se médico anestesista e na década de 1950 estimulou e preconizou o atendimento de urgência-emergência. Ainda nesta época formulou o ABC primário em que criou a técnica de ventilação artificial boca a boca e massagem cardíaca externa. Para estes experimentos contava com voluntários da sua equipe o qual eram submetidos a sedação mínima. Ainda, através de experimentos, concretizou para o paciente crítico as técnicas de manutenção de métodos extraordinários de vida. Na cidade de Baltimore estabeleceu a primeira UTI cirúrgica e em 1962, na Universidade de Pittsburgh, criou a primeira disciplina de "medicina de apoio crítico" nos Estados Unidos. Iniciou os primeiros estudos com indução da hipotermia em pacientes críticos. Como últimas contribuições elaborou os projetos das ambulâncias-UTI de transporte, fundou a Associação Mundial de Medicina de Emergência e foi co-fundador da SCCM (Society of Critical Care Medicine), o qual foi presidente em 1972.Fonte: Wikipédia.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
ARTIGOS COMENTADOS EM MEDICINA INTENSIVA: ACLS 2015: o que há de novo ?
Agradecemos ao blog artigoscomentados.blogspot.com.br por esta excelente contribuição.
ARTIGOS COMENTADOS EM MEDICINA INTENSIVA: ACLS 2015: o que há de novo ?: Saiu mais 1 revisão das recomendações de reanimação cardiorrespiratória na semana passada: https://eccguidelines.heart.org/wp-content/upl...
ARTIGOS COMENTADOS EM MEDICINA INTENSIVA: ACLS 2015: o que há de novo ?: Saiu mais 1 revisão das recomendações de reanimação cardiorrespiratória na semana passada: https://eccguidelines.heart.org/wp-content/upl...
sábado, 13 de fevereiro de 2016
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
terça-feira, 9 de fevereiro de 2016
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016
COMEÇANDO PELO COMEÇO: GESTÃO DO CAPITAL HUMANO
Por Tony Figueiredo
Na gestão do setor saúde, entende-se que a produção depende de estrutura física, material e tecnológica disponível e da existência de profissionais qualificados e motivados para transformar esses recursos em resultados. A dimensão humana no ambiente da qualidade é considerada o centro das atenções, imprescindível na execução e gerenciamento dos processos, no desenvolvimento do clima organizacional e manutenção de um ambiente cooperativo, na satisfação dos clientes e no sucesso da instituição.(1,2) A Figura 1, a seguir, mostra características essenciais à produção nas organizações.(3)
Figura 1. Características essenciais à produção nas organizações.
Fonte: Construção do autor, 2014.
Ao longo de mais de 20 anos como enfermeiro assistencial em unidades de atendimento de maior complexidade, líder de equipe com especialização na área de Terapia Intensiva Cardiovascular e em Administração Hospitalar, responsável pelo gerenciamento do cuidado direto ao paciente, pude observar que vários fatores relacionados à gestão do capital humano em enfermagem influenciam diretamente no desempenho da equipe e na qualidade da assistência prestada. Alguns fatores estão diretamente relacionados à qualidade dos próprios gerentes, como: falta de incentivos salariais aos cargos de gerência e a não exigência de qualificação na área de administração para o desempenho da função, o que favorece a atividade por profissionais nem sempre tão bem preparados.(3)
Já outros fatores estão mais diretamente relacionados ao modelo de gestão, como: ausência de um modelo gerencial bem definido, atualizado e participativo; a não utilização de indicadores de forma sistematizada, o que torna mais difícil trabalhar com dados precisos e fidedignos como subsídio às tomadas de decisão.(4) A Figura 2 mostra a síntese destes problemas.(3)
Já outros fatores estão mais diretamente relacionados ao modelo de gestão, como: ausência de um modelo gerencial bem definido, atualizado e participativo; a não utilização de indicadores de forma sistematizada, o que torna mais difícil trabalhar com dados precisos e fidedignos como subsídio às tomadas de decisão.(4) A Figura 2 mostra a síntese destes problemas.(3)
Figura 2. Problemas na gestão do capital humano de enfermagem.
Fonte: Construção do autor, 2014.
Destacam-se alguns problemas institucionais relacionados à gestão do capital humano de enfermagem: quantitativo inadequado de profissionais, quando relacionado à carga de trabalho nas unidades, o que gera sobrecarga e piora da qualidade de vida no trabalho (QVT), aumentando as taxas de absenteísmo; o pouco incentivo e investimento em programas e atividades de qualificação, capacitação e desenvolvimento profissional, demanda em assistência de qualidade questionável, levando consequentemente à baixa qualidade e desvalorização do trabalho realizado.(4)
Ainda neste aspecto, no âmbito dos serviços públicos de saúde, há precarização do trabalho, assim como a reposição inadequada de pessoal permanente, com a substituição por profissionais com contrato de trabalho temporário, com divergências de escalas de trabalho, de carga horária, de salário e direitos trabalhistas. E, ainda, o fato de que concursos para atividades temporárias não são atrativos para profissionais mais experientes e qualificados.(4) Todos estes fatores levam à insatisfação, desmotivação e enfraquecimento da autonomia e qualidade profissional. A Figura 3 apresenta a síntese destes problemas.(3)
Figura 3. Problemas institucionais do capital humano de enfermagem.
Fonte: Construção do autor, 2014.
No âmbito da gestão do capital humano, a informação adequada e confiável, obtida em tempo hábil e na forma correta, é reconhecida como um dos mais importantes recursos para a tomada de decisão. Indicadores relacionados à assistência são amplamente utilizados pela American Nursing Association (ANA) para avaliação da qualidade da assistência de enfermagem. No entanto, indicadores de gestão para avaliar da qualidade no gerenciamento do capital humano de enfermagem, ainda são pouco utilizados .(5)
Referências:
1- Scalco SV, Lacerda JT, Calvo MCM. Modelo para avaliação da gestão de recursos humanos em saúde. Cad Saúde Pública. 2010 mar.; 26(3): 603-14.
2- Leitão RER, Kurcgant P. Qualidade na prática gerencial da enfermagem. Niterói (RJ): Intertexto; 2004.
3- Figueiredo,
TO. Construção do
software “sistema de indicadores de gestão do capital humano de enfermagem em
cenário hospitalar” - estudo metodológico /Dissertação Mestrado - Universidade Federal Fluminense – Rio de Janeiro: [s.n.], 2014.126 f.
4- Conselho Nacional de Secretários de Saúde (BR). A Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Brasília: CONASS; 2011. 120 p. (Coleção Para Entender a Gestão do SUS 2011, 9).
5- Kurcgant P, Melleiro MM, Tronchin DMR. Indicadores para avaliação de qualidade do gerenciamento de recursos humanos em enfermagem. Rev. Bras. Enferm. 2008 Set/Out; 61(5):539-44.
5- Kurcgant P, Melleiro MM, Tronchin DMR. Indicadores para avaliação de qualidade do gerenciamento de recursos humanos em enfermagem. Rev. Bras. Enferm. 2008 Set/Out; 61(5):539-44.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
ABORDAGEM AO PACIENTE EM ALTA COMPLEXIDADE
Por Tony Figueiredo
-Realizar exame físico / avaliação objetiva;
-Identificar problemas relevantes;
-Estabelecer associações entre os problemas identificados e possíveis alterações fisiopatológicas e laboratoriais;
-Propor condutas com base nesta análise.
A avaliação do paciente em alta complexidade deve seguir algumas etapas básicas:
IDENTIFICAÇÃO
Nome e sobrenome, idade, leito, data da internação;
História social.
DEFINIÇÃO DE PROBLEMAS
História da doença atual;
Terminalidade (Grau de investimento);
Motivo da internação;
Historia patológica pregressa;
Definição de riscos.
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO NEUROLÓGICA
Nível de consciência e resposta a estímulos /sedação/delirium;
Avaliação de reflexos;
Avaliação motora.
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO CARDIOVASCULAR
Frequência cardíaca, ritmo cardíaco, ausculta cardíaca, PA e perfusão periférica;
Uso de drogas vasoativas e antiarrítmicos;
Avaliação eletrocardiográfica (ECG) / Função cardíaca (ECO)/outros.
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA
FR, dispneia, cianose, uso de musculatura acessória, ruídos adventícios;
Oximetria; gasometria arterial;
Rx de tórax.
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO GASTRINTESTINAL
Exame do abdome;
Tipo de alimentação;
Função intestinal (frequência e características).
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL
Diurese (volume e características);
Uso de diuréticos;
Métodos dialíticos.
AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES LABORATORIAIS
Bioquímica e eletrólitos;
Hematócrito , hemoglobina, coagulograma;
Leucograma, culturas.
AVALIAÇÃO DOS MEDICAMENTOS EM USO
Revisar prescrição, dosagens, vias de administração;
verificar relato/registro de alergias;
Observar interações medicamentosas.
ACESSOS VASCULARES, CATETERES, TUBOS, DRENOS E FERIDA OPERATÓRIA
Localização e características do sítio;
Compatibilidade de infusões venosas;
Características das drenagens.
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