sábado, 23 de abril de 2016

Obtenção de via aérea avançada

OBTENÇÃO DA VIA AÉREA AVANÇADA
Por Tony Figueiredo
Estabelecer a oxigenação adequada é uma das prioridades no atendimento ao paciente crítico ou em situação de urgência. Como discutimos anteriormente, em situações específicas, o enfermeiro tem respaldo legal para realizar a instalação de dispositivos para estabelecer uma via aérea avançada. Nesta publicação estaremos apresentando a instalação da Máscara Laríngea.

MÁSCARA LARÍNGEA
A máscara laríngea possibilita rápido acesso à via aérea, mesmo em situações de via aérea difícil. O dispositivo apresenta uma câmara (a máscara propriamente dita) que quando inflada em posição supraglótica, cria um “selo” entre a faringe e os tratos respiratório e digestivo. A máscara laríngea substitui o tubo endotraqueal como via definitiva ou temporária, pois serve também como conduto para a intubação traqueal. Pode ser utilizada em situações criticas de "não ventila, não intuba".



Instalação:
A máscara é inserida às cegas na hipofaringe, seguindo as etapas a seguir:

  • Desinsuflar totalmente a máscara, de modo que a superfície fique lisa e uniforme e lubrifica-la com gel anestésico; 
  • Posicionar o paciente na mesma posição de intubação traqueal por laringoscopia;
  • Estender a cabeça do paciente com a mão esquerda e com a mão direita introduzir a máscara segurando-a como um lápis, com o indicador na junção com o tubo;
  • Iniciar a passagem pela boca com a aberturada máscara voltada para baixo, pressionar contra o palato duro até atingir a faringe, quando há resistência a progressão;
  • Inflar a máscara com a quantidade de ar recomendada de acordo com modelo e tamanho (não ultrapassar 60 cm H2O). Com a insuflação pode ocorrer discreto retrocesso (de 1 a 1,5 cm), indicando correto posicionamento desta na hipofaringe. 



Contra Indicações: 
  • Pacientes com doença ou obstrução faríngea;
  • Pacientes com risco aumentado de regurgitação como portadores de hérnia de hiato, obstrução intestinal, obesos, tempo de jejum insuficiente (relativa);
  • Pacientes com complacência pulmonar diminuída: DPOC, broncoespasmo, edema pulmonar e fibrose pulmonar (relativa).

Complicações: 
  • Traumatismos de estruturas da hipofaringe;
  • Laringoespasmo;
  • Bronco aspiração por regurgitação.

Bibliografia:
Importante:
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo. O crédito de algumas imagens e conteúdos são dados aos seus respectivos autores.
Este material se destina apenas a estudo e atualização. A habilitação para realização das técnicas apresentadas requer conteúdo específico e treinamento qualificado.

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