OBTENÇÃO DA VIA AÉREA AVANÇADA
Por Tony Figueiredo
Estabelecer a oxigenação adequada é uma das prioridades no atendimento ao paciente crítico ou em situação de urgência. Como discutimos anteriormente, em situações específicas, o enfermeiro tem respaldo legal para realizar a instalação de dispositivos para estabelecer uma via aérea avançada. Nesta publicação estaremos apresentando a instalação da Máscara Laríngea.
MÁSCARA LARÍNGEA
A máscara laríngea possibilita rápido acesso à via aérea, mesmo em situações de via aérea difícil. O dispositivo apresenta uma câmara (a máscara propriamente dita) que quando inflada em posição supraglótica, cria um “selo” entre a faringe e os tratos respiratório e digestivo. A máscara laríngea substitui o tubo endotraqueal como via definitiva ou temporária, pois serve também como conduto para a intubação traqueal. Pode ser utilizada em situações criticas de "não ventila, não intuba".
Instalação:
A máscara é inserida às cegas na hipofaringe, seguindo as etapas a seguir:
- Desinsuflar totalmente a máscara, de modo que a superfície fique lisa e uniforme e lubrifica-la com gel anestésico;
- Posicionar o paciente na mesma posição de intubação traqueal por laringoscopia;
- Estender a cabeça do paciente com a mão esquerda e com a mão direita introduzir a máscara segurando-a como um lápis, com o indicador na junção com o tubo;
- Iniciar a passagem pela boca com a aberturada máscara voltada para baixo, pressionar contra o palato duro até atingir a faringe, quando há resistência a progressão;
- Inflar a máscara com a quantidade de ar recomendada de acordo com modelo e tamanho (não ultrapassar 60 cm H2O). Com a insuflação pode ocorrer discreto retrocesso (de 1 a 1,5 cm), indicando correto posicionamento desta na hipofaringe.
Contra Indicações:
- Pacientes com doença ou obstrução faríngea;
- Pacientes com risco aumentado de regurgitação como portadores de hérnia de hiato, obstrução intestinal, obesos, tempo de jejum insuficiente (relativa);
- Pacientes com complacência pulmonar diminuída: DPOC, broncoespasmo, edema pulmonar e fibrose pulmonar (relativa).
Complicações:
- Traumatismos de estruturas da hipofaringe;
- Laringoespasmo;
- Bronco aspiração por regurgitação.
Bibliografia:
- Procedimentos em Terapia Intensiva. Flavio Eduardo Nácul et al. 1ed, Rio de janeiro, Rubio, 2014.
- O que falta para o manejo de via aérea difícil no século 21 Pedro Paulo Tanaka, Rafaela Pesso, Raphaella Fernandes, Jay Brodsky Rev Bras Anestesiol. 2015;65(3):235-236. Disponivel em: http://www.viaaereadificil.com.br/biblioteca/trabalhos/manejo.via.aerea.seculo21.pdf
- http://www.viaaereadificil.com.br/index.htm
Importante:
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo. O crédito de algumas imagens e conteúdos são dados aos seus respectivos autores.
Este material se destina apenas a estudo e atualização. A habilitação para realização das técnicas apresentadas requer conteúdo específico e treinamento qualificado.
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