Este blog tem por objetivo reunir profissionais de enfermagem que tenham interesse em realizar estudos e pesquisas relacionadas a temas gerais da profissão. No entanto, com maior ênfase em terapia intensiva.
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
ARTIGOS COMENTADOS EM MEDICINA INTENSIVA: Novas definições de sepse: a polêmica envolvendo S...
ARTIGOS COMENTADOS EM MEDICINA INTENSIVA: Novas definições de sepse: a polêmica envolvendo S...: · Singer M, Deutschman CS, Seymour CW, Shankar-Hari M, Annane D, Bauer M, Bellomo R, Bernard GR, Chiche JD, Coopersmith CM, Hotchkiss R...
sábado, 27 de fevereiro de 2016
HUPE - UERJ RESISTE. Nós também vestimos esta camisa.
O Hospital Universitário Pedro Ernesto foi inaugurado no ano de 1950, sendo parte da rede hospitalar da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Em 1962, tornou-se hospital-escola da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado da Guanabara (UEG), atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). No ano de 1965, foi incorporado à UEG como Hospital das Clínicas. Até aquele momento, suas atividades privilegiavam exclusivamente as questões acadêmicas de ensino e pesquisa, com o acompanhamento e estudo de raridades clínicas e doenças em estágio final de evolução. Em 1975, sofre uma mudança radical, tornando-se um hospital de atendimento geral, em decorrência do convênio firmado com o Ministério da Educação e Previdência Social (Convênio MEC-MPAS), adequando-se às necessidades da população mais carente. Devido à qualidade dos profissionais que possui e aos meios sofisticados de diagnóstico e tratamento que são oferecidos, houve um progressivo aumento na procura pelo atendimento oferecido pelo HUPE, transformando-o em um dos maiores complexos docentes-assistenciais na área da saúde, sendo hoje, referência numa série de especialidades e importante núcleo nacional de formação de profissionais na área médica.
Fonte: http://www.hupe.uerj.br/hupe/Institucional/IN_historico.phpquarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
ARRITMIAS CARDÍACAS EM PACIENTES EM SITUAÇÃO DE ALTA COMPLEXIDADE
Por Tony Figueiredo
Arritmias cardíacas são eventos frequentes nos pacientes em situação de alta complexidade, contribuindo significativamente para morbidade e mortalidade na unidade de terapia intensiva. Além do significativo aumento do tempo de permanência e custo hospitalar. O conhecimento do seu mecanismo causador e a monitorização dos possíveis fatores associados são fundamentais.
É possível identificar precocemente pacientes com maior risco para apresentar arritmias cardíacas?
66% dos pacientes apresentam sinais e sintomas anormais em até 6 horas antes da parada.¹
Alguns fatores de risco estão associados ao desenvolvimento de arritmias, tais como:
- Idade avançada.
- Sexo masculino.
- Arritmia ou doenças cardiorrespiratórias prévias.
- Infarto agudo do miocárdio (IAM).
- Cirurgia torácica e pós-operatório de cirurgia cardíaca.
Alguns achados comuns em pacientes internados em alta complexidade, acentuam o risco do desenvolvimento de arritmias:
- Dor
- Hipóxia
- Infecção
- Sangramento
- Hipotensão arterial
- Distúrbios eletrolíticos
- Disfunção orgânica,
- Uso de fármacos vasoativos e inotrópicos.
Estudo epidemiológico realizado entre 1971-1983, descreveu prevalência de 78% de arritmias cardíacas em pacientes internados em UTI de caráter geral.²
Estudo da incidência dos tipos de arritmias em UTI em pacientes com idade ≥ 65 anos, entre 1991 e 1998, constatou ser a FA o tipo mais freqüente (44,8%). AMIODARONA é o fármaco mais utilizado não só por FA ser arritmia mais frequente, mas também por este fármaco possuir menor efeito inotrópico negativo e “pro-arritmogenico” que os demais. Em pacientes com arritmias cardíacas atriais associadas a instabilidade hemodinâmica, a cardioversão elétrica foi apresentada como o tratamento de escolha.³
Estudo realizado em 2008, a despeito da morbidade e mortalidade por arritmias em UTI, mostra que a conduta inicial frente a estas, obteve sucesso em menos da metade dos casos (41%).4
Portanto, o manuseio correto desses eventos depende não só da tecnologia empregada para o seu diagnostico e tratamento, mas também da observação dos possíveis fatores associados e do conhecimento do seu mecanismo causador. visando a profilaxia e tratamentos adequados.
Referências:
1-Buist M et al. Association between clinically abnormal observations and subsequent in hospital mortality: a prospective study Resuscitation. 2004,62(2):137–141.
2- ARTUCIO, H. e PEREIRA, M. Cardiac arrhythmias in critically ill patients: epidemiologic study. Crit Care Med. 18:1383-1388.1990.
3- Baine WB, Yu W, Weis KA. Trends and outcomes in the hospitalization of older Americans for cardiac conduction disorders of arrhythmias, 1991 1998. J Am Geriatr Soc, 2001;49:763-770.
4- Pires LDA et al. Registro Prospectivo de Arritmias Cardíacas em Unidade de Terapia Intensiva.Rev Bras Clin Med, 2008;6:233-236.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
Curiosidades
História da Terapia Intensiva
Fonte: Wikipédia.
Era Florence
O conceito de Terapia Intensiva (ou Intensive Care) foi estabelecido na Guerra da Crimeia no ano de 1854 através de Florence Nightingale, que separou homens de mulheres, adultos de crianças, graves de não graves. Estabeleceu a vigilância contínua, 24 horas, dia e noite. Em condições precárias a taxa de mortalidade atingia 40% entre os soldados hospitalizados. Florence e mais 38 voluntárias por ela treinadas partem para os Campos de Scutari e incorporando-se ao atendimento, a mortalidade cai emtão para 2%. Respeitada e adorada, torna-se referência entre os combatentes e importante figura de decisão. Conhecida como a "Dama da Lâmpada" já que circulava à noite com uma lamparina para avaliar clinicamente os enfermos. A lamparina tornou-se a simbologia da assistência internacional da enfermagem. Florence estabeleceu as diretrizes e caminhos para enfermagem moderna.Era Dandy
A criação da primeira UTI (ICU - Intensive Care Unit ) ocorreu nos EUA em Boston através do médico neurocirurgião Walter Edward Dandy no ano de 1927. Foram criados 3 leitos neuropediátricos pós-cirúrgicos.Uma das mais importantes contribuições para neurocirurgia foi o método de ar na ventriculografia, no qual o fluido cerebroespinal é substituído por ar para dar forma a imagem ao raio X do espaço ventricular no cérebro. Esta técnica era extremamente bem sucedida para identificar as lesões e alterações cerebrais.Era Peter Safar
Peter Safar, o primeiro médico intensivista, nasceu na Áustria, filho de médicos, e migrou para os Estados Unidos após permanecer no campo de concentração nazista. Formou-se médico anestesista e na década de 1950 estimulou e preconizou o atendimento de urgência-emergência. Ainda nesta época formulou o ABC primário em que criou a técnica de ventilação artificial boca a boca e massagem cardíaca externa. Para estes experimentos contava com voluntários da sua equipe o qual eram submetidos a sedação mínima. Ainda, através de experimentos, concretizou para o paciente crítico as técnicas de manutenção de métodos extraordinários de vida. Na cidade de Baltimore estabeleceu a primeira UTI cirúrgica e em 1962, na Universidade de Pittsburgh, criou a primeira disciplina de "medicina de apoio crítico" nos Estados Unidos. Iniciou os primeiros estudos com indução da hipotermia em pacientes críticos. Como últimas contribuições elaborou os projetos das ambulâncias-UTI de transporte, fundou a Associação Mundial de Medicina de Emergência e foi co-fundador da SCCM (Society of Critical Care Medicine), o qual foi presidente em 1972.Fonte: Wikipédia.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
ARTIGOS COMENTADOS EM MEDICINA INTENSIVA: ACLS 2015: o que há de novo ?
Agradecemos ao blog artigoscomentados.blogspot.com.br por esta excelente contribuição.
ARTIGOS COMENTADOS EM MEDICINA INTENSIVA: ACLS 2015: o que há de novo ?: Saiu mais 1 revisão das recomendações de reanimação cardiorrespiratória na semana passada: https://eccguidelines.heart.org/wp-content/upl...
ARTIGOS COMENTADOS EM MEDICINA INTENSIVA: ACLS 2015: o que há de novo ?: Saiu mais 1 revisão das recomendações de reanimação cardiorrespiratória na semana passada: https://eccguidelines.heart.org/wp-content/upl...
sábado, 13 de fevereiro de 2016
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
terça-feira, 9 de fevereiro de 2016
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016
COMEÇANDO PELO COMEÇO: GESTÃO DO CAPITAL HUMANO
Por Tony Figueiredo
Na gestão do setor saúde, entende-se que a produção depende de estrutura física, material e tecnológica disponível e da existência de profissionais qualificados e motivados para transformar esses recursos em resultados. A dimensão humana no ambiente da qualidade é considerada o centro das atenções, imprescindível na execução e gerenciamento dos processos, no desenvolvimento do clima organizacional e manutenção de um ambiente cooperativo, na satisfação dos clientes e no sucesso da instituição.(1,2) A Figura 1, a seguir, mostra características essenciais à produção nas organizações.(3)
Figura 1. Características essenciais à produção nas organizações.
Fonte: Construção do autor, 2014.
Ao longo de mais de 20 anos como enfermeiro assistencial em unidades de atendimento de maior complexidade, líder de equipe com especialização na área de Terapia Intensiva Cardiovascular e em Administração Hospitalar, responsável pelo gerenciamento do cuidado direto ao paciente, pude observar que vários fatores relacionados à gestão do capital humano em enfermagem influenciam diretamente no desempenho da equipe e na qualidade da assistência prestada. Alguns fatores estão diretamente relacionados à qualidade dos próprios gerentes, como: falta de incentivos salariais aos cargos de gerência e a não exigência de qualificação na área de administração para o desempenho da função, o que favorece a atividade por profissionais nem sempre tão bem preparados.(3)
Já outros fatores estão mais diretamente relacionados ao modelo de gestão, como: ausência de um modelo gerencial bem definido, atualizado e participativo; a não utilização de indicadores de forma sistematizada, o que torna mais difícil trabalhar com dados precisos e fidedignos como subsídio às tomadas de decisão.(4) A Figura 2 mostra a síntese destes problemas.(3)
Já outros fatores estão mais diretamente relacionados ao modelo de gestão, como: ausência de um modelo gerencial bem definido, atualizado e participativo; a não utilização de indicadores de forma sistematizada, o que torna mais difícil trabalhar com dados precisos e fidedignos como subsídio às tomadas de decisão.(4) A Figura 2 mostra a síntese destes problemas.(3)
Figura 2. Problemas na gestão do capital humano de enfermagem.
Fonte: Construção do autor, 2014.
Destacam-se alguns problemas institucionais relacionados à gestão do capital humano de enfermagem: quantitativo inadequado de profissionais, quando relacionado à carga de trabalho nas unidades, o que gera sobrecarga e piora da qualidade de vida no trabalho (QVT), aumentando as taxas de absenteísmo; o pouco incentivo e investimento em programas e atividades de qualificação, capacitação e desenvolvimento profissional, demanda em assistência de qualidade questionável, levando consequentemente à baixa qualidade e desvalorização do trabalho realizado.(4)
Ainda neste aspecto, no âmbito dos serviços públicos de saúde, há precarização do trabalho, assim como a reposição inadequada de pessoal permanente, com a substituição por profissionais com contrato de trabalho temporário, com divergências de escalas de trabalho, de carga horária, de salário e direitos trabalhistas. E, ainda, o fato de que concursos para atividades temporárias não são atrativos para profissionais mais experientes e qualificados.(4) Todos estes fatores levam à insatisfação, desmotivação e enfraquecimento da autonomia e qualidade profissional. A Figura 3 apresenta a síntese destes problemas.(3)
Figura 3. Problemas institucionais do capital humano de enfermagem.
Fonte: Construção do autor, 2014.
No âmbito da gestão do capital humano, a informação adequada e confiável, obtida em tempo hábil e na forma correta, é reconhecida como um dos mais importantes recursos para a tomada de decisão. Indicadores relacionados à assistência são amplamente utilizados pela American Nursing Association (ANA) para avaliação da qualidade da assistência de enfermagem. No entanto, indicadores de gestão para avaliar da qualidade no gerenciamento do capital humano de enfermagem, ainda são pouco utilizados .(5)
Referências:
1- Scalco SV, Lacerda JT, Calvo MCM. Modelo para avaliação da gestão de recursos humanos em saúde. Cad Saúde Pública. 2010 mar.; 26(3): 603-14.
2- Leitão RER, Kurcgant P. Qualidade na prática gerencial da enfermagem. Niterói (RJ): Intertexto; 2004.
3- Figueiredo,
TO. Construção do
software “sistema de indicadores de gestão do capital humano de enfermagem em
cenário hospitalar” - estudo metodológico /Dissertação Mestrado - Universidade Federal Fluminense – Rio de Janeiro: [s.n.], 2014.126 f.
4- Conselho Nacional de Secretários de Saúde (BR). A Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Brasília: CONASS; 2011. 120 p. (Coleção Para Entender a Gestão do SUS 2011, 9).
5- Kurcgant P, Melleiro MM, Tronchin DMR. Indicadores para avaliação de qualidade do gerenciamento de recursos humanos em enfermagem. Rev. Bras. Enferm. 2008 Set/Out; 61(5):539-44.
5- Kurcgant P, Melleiro MM, Tronchin DMR. Indicadores para avaliação de qualidade do gerenciamento de recursos humanos em enfermagem. Rev. Bras. Enferm. 2008 Set/Out; 61(5):539-44.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
ABORDAGEM AO PACIENTE EM ALTA COMPLEXIDADE
Por Tony Figueiredo
-Realizar exame físico / avaliação objetiva;
-Identificar problemas relevantes;
-Estabelecer associações entre os problemas identificados e possíveis alterações fisiopatológicas e laboratoriais;
-Propor condutas com base nesta análise.
A avaliação do paciente em alta complexidade deve seguir algumas etapas básicas:
IDENTIFICAÇÃO
Nome e sobrenome, idade, leito, data da internação;
História social.
DEFINIÇÃO DE PROBLEMAS
História da doença atual;
Terminalidade (Grau de investimento);
Motivo da internação;
Historia patológica pregressa;
Definição de riscos.
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO NEUROLÓGICA
Nível de consciência e resposta a estímulos /sedação/delirium;
Avaliação de reflexos;
Avaliação motora.
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO CARDIOVASCULAR
Frequência cardíaca, ritmo cardíaco, ausculta cardíaca, PA e perfusão periférica;
Uso de drogas vasoativas e antiarrítmicos;
Avaliação eletrocardiográfica (ECG) / Função cardíaca (ECO)/outros.
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA
FR, dispneia, cianose, uso de musculatura acessória, ruídos adventícios;
Oximetria; gasometria arterial;
Rx de tórax.
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO GASTRINTESTINAL
Exame do abdome;
Tipo de alimentação;
Função intestinal (frequência e características).
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL
Diurese (volume e características);
Uso de diuréticos;
Métodos dialíticos.
AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES LABORATORIAIS
Bioquímica e eletrólitos;
Hematócrito , hemoglobina, coagulograma;
Leucograma, culturas.
AVALIAÇÃO DOS MEDICAMENTOS EM USO
Revisar prescrição, dosagens, vias de administração;
verificar relato/registro de alergias;
Observar interações medicamentosas.
ACESSOS VASCULARES, CATETERES, TUBOS, DRENOS E FERIDA OPERATÓRIA
Localização e características do sítio;
Compatibilidade de infusões venosas;
Características das drenagens.
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